Parecia eterno! Nada abalaria! Era intenso e incomparável! Palavras verbalizavam o "para sempre"! Em todo momento era saudade! Amor inigualável!
Mas... Depois de um tempo:
Esse que pode ser breve ou longo...
Que pode ter sido ou não traumático...
Que conta mil e uma histórias boas, outras nem tanto...
Existindo ou não distância, física ou de incompatibilidades;
Onde houve ou não diálogo;
Que faz ou fez sentido...
Tudo o que era eterno, inabalável, intenso, incomparável, "para sempre", que trazia
uma saudade cortante e um amor inigualável... Torna-se um CAOS...
Você percebe que não tem nada de si em outrem...
Que se doou demais, e não recebeu nada em recompensa...Nem compreensão...
Que existem outras pessoas, gente no mundo...
Que a pessoa que você via boníssima, não é tão boa assim...Nem tão inteligente, nem tão única...
Você sente que há algumas diferenças que são intoleráveis e insuperáveis...
Começa a notar um abismo entre você e a outra pessoa...
E, depois de um tempo, muda a direção do seu olhar... as atitudes... O que há? Onde está tudo aquilo? Onde erramos?
(...) Um talvez me vêm à mente...
Está na incapacidade de não aceitar as diferenças...
De conviver?
Na impossibilidade da troca ou da incondicionalidade inexistente...
Na forma de expressar fatos e suas formas....
Egocentrismo? Egoísmo? Projeções? Rejeição?
Na expectativa frustrada pela esperança...
No abandono...Incompreensão...
Na falta de reciprocidade?
Nos monossílabos ou verborragias que a rotina traz?
Na teoria do perdão?
No cansaço?
Naquilo que eu mais NEGO em mim mesmo?
A partir de tais citações e experiências entre pessoas & pessoas, entramos num processo de busca de perfeição alheia e cobrança excessiva a si mesmo... Sendo que através de certos pontos nos afastamos de nossa essência, ou nos aproximamos demais dela e concluímos que isso reporta ao melhor ou pior de nós, percebemos então, que somos mortais, limitados ou simplesmente humanos.
Carla Fioravante
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